top of page

De repente... um dilema!


Acho que já deu pra perceber que essa minha primeira viagem pra Tailândia, em 2011, mudou um pouco minha forma de ver a vida, e desde então, eu comecei a ficar cada dia mais curiosa e interessada em poder viver mais doses como aquela, de imersão cultural, de novidade, de liberdade, de experiências incríveis... Pronto, me tornei uma pessoa inquieta. Mas como nem tudo na vida são flores, continuei minha rotina, trabalhando no Banco, emprego concursado, salário em dia, plano de saúde, previdência, ou seja, tinha praticamente tudo que muita gente almeja por aí. O grande problema disso tudo foi que eu descobri que isso não era o que eu queria pra mim. E não foi fácil chegar a essa conclusão, já que na sociedade em que vivemos hoje, somos levados a pensar como o sistema, manipulados e direcionados para um modelo de vida pré estabelecido, onde ter um emprego concursado, uma casa própria, um casamento e filhos lindos é tudo que uma pessoa deve querer. Com certeza a minha viagem para o outro lado do mundo me abriu várias outras possibilidades e foi o que me impulsionou a virar o jogo. Mas esse processo foi lento, e, durante os próximos 4 anos, meu marido continuou passando uma temporada na Tailândia, eu continuei no meu emprego, e nós fomos nos preparando e amadurecendo nossas ideias, pra chegar no ponto em que gostaríamos de chegar.

Entre muitas dúvidas, medos, expectativas e possibilidades, posso dizer que muitas pessoas foram essenciais nesse processo. Comecei a pesquisar na internet sobre um novo estilo de vida, os nômades digitais, que valorizam a qualidade de vida, a possibilidade de trabalhar de qualquer lugar, e aproveitam a oportunidade de viajar e conhecer o mundo inteiro. Simplesmente fantástico. Um dos primeiros sites que virei fã foi o www.nomadesdigitais.com.br do Eme e da Jaque, que são pessoas incríveis. E quanto mais eu me aprofundava, mais eu atraia as coisas na mesma vibe. Logo conheci o www.folganadirecao.com.br e me encantei pelo trabalho da Roberta e do Rodrigo, que são uma inspiração pra mim. Fiz um curso online deles, que super recomendo, o “Folga na direção”, e as coisas começaram a se clarear na minha mente. A partir desse momento, defini 3 metas na minha vida, em pequeno, médio e longo prazo: 1- Diminuir minha jornada de trabalho (e assim ter mais tempo pra mim); 2- Pedir uma licença do Banco; 3- Me mudar para a Tailândia. Já que meu marido trabalhava lá, serial ideal juntar tudo, e passar uma temporada em um dos países mais procurados pelos nômades digitais.

Daí pra frente, comecei a tomar as minhas atitudes em busca das minhas metas, super encorajada por várias pessoas fantásticas que passaram pelo meu caminho, e mesmo com algumas tentativas (frustradas) de me desanimar, ninguém conseguiu me tirar aquilo que eu mais queria. Não vou dizer que foi fácil, pois tem muita gente por aí que te chama de louco, que te julga, que te inveja.. Mas a verdade é que pra cada um que me puxava pra baixo, eu encontrava três que me impulsionavam. E depois que você para de pensar “dentro da caixa”, isso se torna um processo irreversível, e nada mais é capaz de te fazer desistir.

Eu descobri que a vida que eu planejei e conquistei não era exatamente o que eu gostaria; Percebi que muitos sonhos que eu tinha, na verdade, nem eram meus, eram da sociedade; Entendi que o que realmente faria eu me sentir completa e plena não estava ali naquele “pacote”; E foi então que comecei a me redescobrir, a redefinir a minha rota e a buscar uma vida que realmente fizesse sentido pra mim. Isso explica onde estou hoje.

Ainda falaremos mais desse assunto, mas por hoje fica essa reflexão. Para qual caminho você está levando a sua vida? Isso vai realmente te fazer feliz?

E pra finalizar, vai uma das minhas frases preferidas, que tem tudo a ver com o texto de hoje: “Quando começarem a te chamar de louco, é sinal de que você está no caminho certo.”

Até a próxima, beijo!

bottom of page